O subprojeto Filosofia do Campus
Caicó-CaC/UERN, com atuação na Escola Estadual Antônio Aladim de Araújo-EEAA,
desenvolve em 2017 o Laboratório de Prática e de Ensino de Filosofia. No
dia 19 de junho de 2017 a bolsista Maria Andreia Carneiro Cruz realizou sua terceira atividade com os alunos do 1º Ano “C” (matutino) da
referida Escola. Nesse encontro, a bolsista desenvolveu uma Oficina sobre a
Filosofia e a Arte na Grécia Antiga a partir de imagens da arquitetura dos
templos gregos, das esculturas mitológicas, das pinturas feitas em vasos; além
disso, também foi lida uma pequena parte do início do poema de Homero, a
biografia do filósofo Platão e textos sobre os personagens mitológicos que estão
representados no poema. No decorrer da Oficina, os alunos formaram quatro
grupos subdivididos da seguinte forma: o grupo dos personagens mitológicos, o
grupo da arquitetura, outro da escultura e da pintura e um grupo do filósofo
Platão. Cada grupo escreveu uma das partes do poema de Homero na cartolina como
a representação da poesia na arte grega antiga. Utilizamos materiais como
cartolinas, imagens, tesouras, lápis coloridos, réguas, colas e uma pequena
parte do poema. Por questão de tempo para a finalização da Oficina, os grupos
se encontrarão no contra turno e apresentarão os resultados no próximo
encontro. A oficina foi acompanhada pelo Prof. Márcio Marques dos Santos,
supervisor do PIBID Filosofia na referida escola.
Segue o início do Canto I, da Ilíada
de Homero (Tradução e prefácio de Frederico Lourenço;
introdução e apêndices de Peter Jones; introdução à edição de 1950 E. V. Rieu.
— 1a ed. — São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013. Disponível
em: http://www.companhiadasletras.com.br/trechos/85050.pdf)
Canto I
Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida (mortífera!, que tantas
dores trouxe aos Aqueus e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades,
ficando seus corpos como presa para cães e aves
de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus), desde o momento em
que primeiro se desentenderam o Atrida, soberano dos homens, e o divino
Aquiles.
Entre eles qual dos deuses provocou o conflito? Apolo, filho de Leto e
de Zeus. Enfurecera-se o deus contra o rei e por isso espalhara entre o
exército uma doença terrível de que morriam as hostes, porque o Atrida
desconsiderara Crises, seu sacerdote. Ora este tinha vindo até as naus velozes
dos Aqueus para resgatar a filha, trazendo incontáveis riquezas. Segurando nas
mãos as fitas de Apolo que acerta ao longe e um cetro dourado, suplicou a todos
os Aqueus, mas em especial aos dois Atridas, condutores de homens:
“Ó Atridas e vós, demais Aqueus de belas cnêmides! Que vos concedam os
deuses, que o Olimpo detêm, saquear a cidade de Príamo e regressar bem a vossas
casas! Mas libertai a minha filha amada e recebei o resgate, por respeito para
com o filho de Zeus, Apolo que acerta ao longe.”
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